quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Benefícios do Vinho: existem ou não?



Recentemente estudos vêm demonstrando que o vinho tinto reduz o risco de doenças cardíacas, protege contra disfunções neurológicas, aumenta a longevidade, possui poder anti-cancerígeno e pode até proteger fumantes contra os efeitos danosos do cigarro, seja um raro “Chateau Petrus” ou uma versão barata de mesa.
Porquê este benefício? É efeito do etanol ou dos polifenóis do vinho?
Os polifenóís trabalham sobre a produção de uma proteína, a endotelina-1, associada a doenças cardíacas, principal causa de morte em muitos países ocidentais. Os extratos de vinho tinto de facto inibem a síntese de endotelina-1, que faz com que os vasos sangüíneos se contraiam. Além disso, os polifenóis também inibem a formação de óxidos de colesterol, produtos da oxidação de LDL, um dos principais factores desencadeantes da aterogênese.

A agregação plaquetária, outro importante factor de risco para coronariopatias, é inibida pelo resveratrol e pelos flavonóides quercetina e catequina, compostos fenólicos presentes em vinhos tintos.

O etanol só tem efeitos benéficos, sem riscos, em doses muito baixas, em adultos saudáveis. Doses elevadas têm efeitos deletérios, mais ou menos conhecidos, com aumento do risco de morte por cancro, doença hepática ou cardíaca e trauma (incluindo acidentes de viação). Acima dos 20g/dia já podem existir problemas de saúde. Acima dos 45g/dia (3 copos) a mortalidade aumenta e compensa os benefícios existentes relativamente à doença coronária. Globalmente, o consumo de álcool não reduz a mortalidade, pelo contrário. Outro risco a considerar é a sua capacidade aditiva.
A segunda hipótese, largamente estudada, dos antioxidantes do vinho serem capazes de mitigar o desenvolvimento da doença aterosclerótica, é especialmente interessante. Estes compostos, presentes no vinho tinto mas também em frutos e vegetais, protegem da doença aterosclerótica e doutras doenças crónicas ligadas ao processo de oxidação! Os responsáveis são os vários compostos antioxidantes que as uvas emprestam ao vinho: resveratrol e flavenóides como catequinas e saponinas.
Os benefícios associam-se sobretudo ao vinho tinto. Sem falar de castas, para não correr o risco de cometer uma atrocidade, atrevo-me apenas a referir que, por regra, quanto mais doce o vinho menor a quantidade de flavonóides , e que os tintos secos são os mais ricos.

Recomenda-se?

A prudência manda que não se encoraje o consumo de álcool a quem não bebe até que se esclareçam todas as muitas dúvidas que ainda existem. Entenda-se um copo de vinho por dia (cerca de 150mL), para mulheres, até dois copos para os homens.
O consumo excessivo apaga qualquer benefício. Os benefícios estão no primeiro copo, quando muito no segundo. A partir daí surgem os prejuízos.

O vinho... que seja tinto.

NOTA: 1 copo de vinho (150 ml) com 12 graus, tem cerca de 15g de álcool.  Como sempre devemos ter em conta "o peso e medida" e que que no meio está a virtude.  Não beba o vinho a pensar que vai sanar todos os seus problemas.  Na medida certa actua como preventivo, tudo o que passe essa medida, pode trazer-lhe danos cerebrais, coronários, hepáticos e outros.
1 a 2  copos por dia (se for uma pessoa minimamente saudável) pode dar-lhe uma maior longevidade. No entanto, tudo se quer com conta peso e medida. Os abusos nunca favorecem em nada.



Um Exemplo de longevidade e bem estar, na foto anexa:


 ®M.Cabral 



1 comentário:

  1. Sem dúvida que bebendo ás refeições com moderação não faz mal, só que eu estou mal, apenas gosto dos vinhos tintos alentejanos e em média têm uma graduação igual ou superior aos 12º, mas não é por isso que vou deixar de beber um Bom Vinho Tinto ás refeições
    Parabéns mais uma vez, pois o seu Blog está maravilhoso dá-me prazer vir visitá-lo
    Uma boa semana
    Abraços

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